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Parte XXXXII - Nem tudo acaba com a morte

  • Por Gabriela Carvalho
  • 17 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

anastacia

Ana acorda e está em cima dos montes na Romênia, próxima ao rio Danúbio, Ian sobe vestindo uma camisa azul clara e uma bermuda leve branca, ela veste um vestido longo pelado nas costas também branco, eles sentam no precipício e observam o sol se pôr.


- Então esse é o paraíso? Posso conviver com ele – ela fala, sorrindo para Ian e o abraçando.

- Eu já te falei que te amo – diz Ian.

- Não precisa, você morreu por mim, eu é que devo dizer que te amo, te amo muito, muito! – diz Ana, os dois se beijam.

- AI! – ela grita.

- Que foi?

- Senti um cutucão no braço – fala. Ian sente pequenas agulhadas.


- ANASTÁCIA.... – Chama Sam. Ana acorda, ela e Ian estão caídos no campo de batalha com as camisas ensanguentadas. Eishan está morto petrificado à sua frente, ela passa a mão no rosto e se levanta, Ian esfrega os olhos e também faz o mesmo, eles olham um para o outro e se tocam onde está sujo de sangue, não entendendo o que aconteceu.

- Agradeçam a ela – diz Sam apontando para Clara em pé na frente de Eishan. Ana vai até ela, enxuga suas lágrimas e tira seu cabelo da cara, passando-o para trás da orelha, ela beija sua testa e pergunta o que aconteceu, Clara coloca as mãos em sua cabeça.

- Eu te mostro – ela fala, Ian pega na mão de Ana a fim de ter as mesmas visões.


- NÃO! – grita Clara correndo para perto de Eishan, ele paralisa suas mãos nos corações de Ian e Ana – Por que quer matar minha nova mãe? – ela pergunta.

- Porque ela irá fazer todos nós morrermos em paz – ele fala. Clara olha para o povo da aldeia e os reconhecem como ancestrais.

- Vocês querem viver no paraíso? – ela pergunta ingenuamente.

- Sim, pequena – fala Eishan com as mãos nos corações deles, ambos já estão desmaiados.

- Está bem! – ela diz, seus olhos ficam inteiramente negros, Eishan sente seu pulmão se quebrar, algo está saindo de seu corpo, ele solta Ian e Ana que caem, Sam e Marcel vai socorrê-los e escutam o coração dos dois baterem.


O coração de Eishan e dos demais membros da aldeia são arrancados do peito pelo poder de Clara, ela os incendeia ali mesmo, fazendo-os virar pó, Eishan e seu povo caem petrificados no chão, todos mortos.

- Estão no paraíso, Ana – fala Clara, levando-a para um jardim florido, com um balanço de pneu em baixo de uma enorme Dragoeira, todos sorriem, percorrem o local, um casarão antigo e casas mais simples, lembrando um vilarejo medieval estão ao redor, uma fonte no centro da praça, as casinhas coloridas, bandeiras, etc. Suas crianças, mortas por Teodor, correm pelas ruas, os bebês aguardam suas mães deitados nos berços, aos prantos.

As duas retornam a terra, Ana abre os olhos e sorri para Clara, ela e Ian beijam a menina.

Com o poder herdado de Ayla, Clara deu a Eishan e seu povo um local para viverem eternamente em felicidade, ela criou um abrigo para que eles acreditassem estar no paraíso que buscavam encontrar após a morte.


- Ana – chama Marcel – Estamos na TV – ele fala apontando para os drones acima deles, um se aproxima de Anastácia e filma seu rosto.

- Como é acabar com um regime ditador em apenas sete dias? – pergunta a voz do repórter no alto falante do equipamento.

- Acho que tivemos o direito de responder na mesma moeda – ela diz. Ana pega Clara no colo abraça Ian e vai caminhando para longe daquele local, Natália e Oliver saem das masmorras, Sean e Petter deitam no gramado, aliviados.

Naty corre para abraçar Sam, ela olha para a multidão de humanos e encontra seus pais, eles se abraçam.


- Pensei que nunca mais viria vocês – ela fala, abraçando-os.

- Depois da morte de seu irmão e de seu sumiço, percebemos o quanto fomos negligentes com vocês, eu até parei de beber – fala seu pai.

- Estamos nos separando filha, porque nosso casamento não tem salvação, mas queremos construir uma relação nova com você, de amizade, nunca mais eu irei permitir que você passe pelo que passou no passado – fala sua mãe.

- EU AMO VOCÊS! EU AMO MUITO VOCÊS! OBRIGADO POR MUDAREM – ela diz, abraçando-os novamente com muita força.


Pela primeira vez em uma semana, os sorrisos nos lábios das pessoas, voltam a aparecer, com verdade no olhar. Teodor ficará empalado, dentro da árvore, agonizando por três dias até morrer, voltando a viver e morrer de novo. A árvore nunca morrerá e também não pode ser retirada, quando a última folha sangrenta da árvore cair, a imortalidade de Teodor não existirá mais, e então, ele irá morrer com um humano normal e nunca mais voltará.

 
 
 

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