Parte XXXVIII - 15 de fevereiro de 2030 - 9h

Todos chegam no castelo de Richard, por estarem correndo perigo, eles decidem instalar dormitórios nas celas úmidas da masmorra. Ana deixa sua mala e sai para evitar um confronto com Ian quando é surpreendida por seu pai. Marcel pega a sua mão e a abraça forte desesperado.

- Eu não quero te perder! Não consigo deixa-la ir – ele fala. Ana o abraça forte.

- Lembra de quando te conheci? A sintonia que tivemos logo no primeiro encontro? Eu sabia que naquele momento tinha encontrado o pai que nunca tive, por mais que George tenha me criado, meu coração sempre reservou a palavra pai para te nomear – ela diz com os olhos lacrimejados – eu quero que saiba que vivi o suficiente pra ama-lo onde quer que eu esteja. Quando minha hora chegar, por favor, não impeça! Não é minha carne que manifesta minha presença, é meu espírito e saiba que eu sempre estarei do lado de quem eu amo – finaliza. Ian escuta e enxuga as lágrimas. Sam a abraça e implora que ela espere e diz que encontrará outra maneira de entregar a Eishan o que ele deseja, Ana pega em suas mãos.

- Eishan viveu mais tempo do que eu, está cansado! Ele perdeu mulher e filhos, seu povo presenciou a morte de suas crianças, eles foram condenados a viver a eternidade com essa imagem na memória, longe de seus filhos, vagando pela terra sem ter um lar. Eles merecem a paz, merecem encontrar o paraíso, e se têm fé que a beleza só será vista após a morte e eu tenha que morrer pra isso acontecer, eu aceito – finaliza Ana, beijando a testa de Sam e saindo.

Ana percorre o castelo, buscando encontrar vestígios das características de seus irmãos mais novos, ela encontra enterrado um quadro de Alice adulta e percebe o quanto sua irmã se parecia fisicamente com sua mãe. Edward aparece em outro pedaço de pintura ao fundo, montado em um cavalo, liderando uma tropa em direção aos inimigos.

Ela sobe a escadaria da única torre de pé das ruínas e encontra um cômodo, ela enxerga uma pedra solta em uma parede e percebe o fundo oco, ao abrir encontra um quarto secreto com um baú. Ela acende as tochas para iluminar o local e abre o baú, dentro dele está roupas de cama e vestidos de Alice, todos limpos e intactos, como se não tivessem sofrido a ação do tempo, existe um fundo falso no baú, ao abrir, ela encontra uma carta interessada ao “Meu anjo da guarda”, escrito à mão por Alice no ano de 1623, quando tinha 35 anos. Ian chega e encontra Ana com a carta nas mãos.

- Alice se lembrou de mim por toda a vida dela – ela fala. Ian acena a cabeça – Por quanto tempo você vai ficar nessa greve do silêncio?

- Eu não sei, talvez pense que você não queira me contar algumas coisas – retruca Ian.

- Ian, por favor, eu nem pensei ....

- Não pensou que talvez eu não quisesse que você entregasse sua vida àquele bastardo – Ana se levanta nervosa.

- E o que queria que fizesse, hein!?

- Que me contasse antes de tomar uma decisão, Ana! Seja ela qual for eu apoiaria, mas queria ser o primeiro a saber – grita Ian.

- Eu não pude contar! Quando eu encontrei os elementos do feitiço, retornei a fase em que era humana, senti as mesmas angustias, pensei em você, eu queria me preparar antes de contar.

- E quando você pretendia me contar? – pergunta Ian, Ana abaixa a cabeça – Nunca, néh! Iria preferir me deixar pensar que você morreu em batalha ou então escreveria uma carta póstuma.

- EU NÃO PUDE! EU NÃO IA CONSEGUIR. Eu morro um pouco por dentro toda vez que penso que nunca mais irei te ver, não sei o que me espera depois da morte, me acostumei ser imortal e agora não sei lidar com a mortalidade. DESCULPA! Talvez eu quisesse me preparar pra pedir pra

você...

- SEGUIR MINHA VIDA! – grita Ian – Entende uma coisa, Anastácia: MINHA VIDA NÃO EXISTE SEM VOCÊ! SE VOCÊ MORRER, EU MORRO JUNTO – ele coloca as mãos no rosto de Ana e a encurrala na parede, a respiração de ambos está muito próxima e eles escutam o coração de cada um bater, Ana passa a esfregar delicadamente seus lábios no rosto de Ian, que não resiste e a beija fervorosamente.

Ian puxa a blusa de Anastácia, ela passa suas pernas em volta dele e esfrega sua genitália no órgão sexual de Ian, no calor do momento, as roupas são retiradas, Ian abre seu sutiã e beija seus seios, Ana suspira de prazer e morde o pescoço de seu esposo, ambos deitam no chão, as roupas de cama que Ana jogou no chão para encontrar a carta de Alice se misturam com os corpos nus do casal, Ian sobe em cima de Ana e a penetra delicadamente, ela geme, as mãos se encontram, os seios de Ana estão em contato com a pele de Ian, ela arranha suas costas ele a penetra novamente, dessa vez com mais força, seu gemido é mais prazeroso, eles invertem a posição, Ana senta em Ian e movimenta seu quadril, Ian levanta seu troco e a abraça, pegando em seu bumbum e a beijando em todo o pescoço, Ana continua, o sexo fica mais prazeroso, Ian aproxima seus lábios da orelha da mulher e geme baixinho, instigando o prazer, Ana o empurra ele deita, apertando os seios da mulher, os movimentos são intensos, Ana se abaixa, beija todo o peitoral de Ian, morde seu pescoço e sua orelha, eles se viram, Ian, por cima, a penetra, ele goza, ela sente o orgasmo e os dois transam com a mesma intensidade de seus sentimentos, tudo ali é esquecido, raiva, medo ,angústias, mágoa. Após a relação amorosa, os dois ficam deitados no chão, de frente para o outro, se olhando, Ian acaricia o rosto e braço de Ana.

- Eu quero que você fique aqui com as crianças – ele diz.

- Ian, eu preciso lutar, tem humanos que esperam por mim.

- Você vai matar Teodor, ele virá atrás de você - diz Ian. Ana concorda e adormece, com a cabeça encostada no ombro do amado, ele a abraça e chora ao pensar que pode perdê-la: - Eu te amo! – ele diz.

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