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Parte XVII: Na delegacia - 6 de de fevereiro de 2030

  • Por Gabriela Carvalho
  • 24 de dez. de 2016
  • 4 min de leitura

anastacia

Chegando a delegacia, Marcel se depara novamente com a loira que tentou hipnotizá-lo no necrotério, para não levantar suspeitas, finge não reconhecê-la e leva o suspeito para a sala de interrogação. O detetive Rogers entra com Marcel na sala.

- Gonzalez, como vai? Sou detetive Rogers, esse é o detetive Thomas que você já deve conhecer – ele fala apontando para Marcel, Diogo está sentado calado, sem esboçar nenhuma reação.

- Ao que parece, você esteve muito ocupado nos últimos dias – diz Marcel, jogando as fotos das vítimas na mesa – é suspeito de vários assassinatos, inclusive do atentado da capitã de polícia desde departamento – Diogo pega as fotos e começa a olhar, nesse momento, Anastácia surge com Sam e entra na sala ao lado depois do vidro para assistir o interrogatório.

- Samuel, você reconhece? – pergunta Petter.

- Sim, foi ele que matou minha mãe – confirma Sam, Anastácia vira-se para Petter.

- Oficial, seria pedir muito que nos deixássemos aqui enquanto o senhor faz o relatório?! – pergunta Ana, compilando o policial a obedecer. Ele abre porta e sai, percorre o corredor quando é surpreendido pela loira.

- Com licença, senhor, sou advogada encarregada dos interesses do filho da falecida capitã, onde ele está? – ela pergunta.

- Está assistindo o interrogatório do suspeito.

- Certo, onde fica a sala?

- À esquerda, no final do corredor – responde Petter.

- Obrigado! Agora esqueça meu rosto – ela fala, compilando-o.

Ela entra na sala e se depara com Anastácia.

- Você vai ficar quietinha – ela fala.

- Não adianta, hipnose não funciona comigo! – fala Anastácia – Quem é você?

- Sou eu que deveria fazer essa pergunta, não acha? – responde a mulher, transformando-se na frente dela. Anastácia mostra seus olhos vermelhos.

- Eu não tenho medo.

- Silêncio! Quero ouvir o que ele ta falando – diz Samuel – pensei que não transformasse ninguém em vampiro? – ele pergunta para Anastácia.

- Não transformei essa daí!

- Engraçado, eu que deveria ter transformar, pois sou a primeira vampiro criada na terra, junto com meus irmãos.

- É mesmo?! E quando foi isso?

- Século X.

- Legal! Eu me transformei no século XVI – diz Anastácia, a mulher sorri demonstrando superioridade – No entanto, meu criador foi transformado em meados do século VI – o sorriso em seus lábios desaparece e surge na boca de Ana – foi mal! “Cachinhos dourados”! Mas você e seus irmãos, seja lá quem forem; não são os primeiros vampiros da humanidade.

- Silêncio! Se as duas querem discutir linhagem, façam isso depois – diz Sam.

- Você sabe ou está compilado a saber?

- Ele sabe, é um bruxo – diz Ana.

- Vejo que estou atrasada nos acontecimentos, sou Kaira – ela se apresenta.

- Anastácia.

Enquanto isso na sala de interrogação, Diogo permanece calado.

- Não vai falar nada?! – pergunta Marcel – ta bom, não vamos sair daqui enquanto não nos contar algo.

- Vocês policiais, detetives, pensam ser superiores, estar acima dos problemas do mundo, se sentem capaz de resolvê-los, porém, não são nada! – diz Diogo.

- Ah não! Bom, a vítima te reconheceu, conseguimos sua prisão, acho que resolvemos boa parte dos problemas que você causou, não acha? – pergunta Rogers – Por que matou essas pessoas?

- Morte! Palavra pequena que me lembra o vazio, a incerteza da humanidade na existência da alma, a certeza que um dia ela nos acometerá, porém o incerto do que nos aguarda a fim de sua pronúncia. Eu digo que morte é o principio que busco para alcançar a verdade – diz Diogo, olhando para o vidro, encarando Anastácia.

- Ele sabe que estamos aqui – ela diz.

- Que verdade seria essa que busca? – Pergunta Marcel.

- Marcel... Marcel, deixe-me ver: variação do latim Marcus, que significa guerreiro, Nagy, húngaro, significa grande, logo Nagy Marcel: o grande guerreiro. Sua mãe era francesa, seu pai húngaro... Sean, por sua vez, “agraciado por Deus”, Rogers: “celebre guerreiro”, origem germânica, detetive, assim sendo Sean Rogers: guerreiro agraciado por Deus, abençoado pelo Senhor, “celebre” significa sucesso, grandeza. Acredito que os dois nessa sala não é uma coincidência.

- Como sabe meu nome? Por que chama o detetive Thomas de Nagy?

- Oh! Detetive! Seu amigo não tem sido verdadeiro, existem preso nele sombras, dor, mortes, crimes... não sou o único a matar aqui – diz Diogo, Marcel passa a sentir uma dor intensa na cabeça e um formigamento nas mãos. Anastácia entra na sala pra salvar o pai, com um feitiço, ela inibe Diogo de continuar.

- Estava esperando por isso, sua magia faz cócegas – ele fala sorrindo. Kaira olha para Rogers e o hipnotiza a esquecer tudo o que presenciou.

- Bom, já que você não quer colaborar com os detetives, vamos usar outros métodos - diz Anastácia, sufocando Diogo com o poder da mente, apertando seu pescoço com o olhar – Porque está aqui?

- Você é uma bruxa e vampira??? – pergunta Kaira espantada – O que mais falta saber???

- Depois acertamos isso, vigie o detetive Rogers – Kaira compila o homem a ficar parado assistindo tudo sem reação.

- Existem uma profecia: a escuridão ressurgirá e trará a luz para todos aqueles que enxergam entre as nuvens, a verdade será revelada, a humanidade reconhecerá seu rei e tudo o que se conhece irá morrer.

- Diz sobre Teodor! Como pretende trazê-lo de volta? – Anastácia continua a perguntar – Por que envolver Mary? E Samuel? – Diogo começa a rir.

- O cordeiro inocente rompe o selo e liberta o mal, os quatro cavaleiros são chamados, no entanto, todos morrem na guerra e cabe ao guerreiro da luz impor seu lugar sobre as trevas. Você protege meu cordeiro, Anastácia, e eu não irei hesitar em destruir todo seu belo rosto e a formosura de seu corpo para conseguir o que eu quero – ele começa fazer Ana queimar de dentro pra fora – Está sentindo a luz percorrer seu corpo? Você é escuridão Ana, assim como seus amigos, não durarão muito nessa terra – ela consegue impedir Diogo de continuar e o desmaia.

- O interrogatório acabou, detetive, leve-o para cela e esqueça o que aconteceu aqui, o suspeito não falou nada além de palavras desconexas e depois desmaiou, efeito de drogas, esqueça nossos rostos e principalmente, os nomes diferentes que ouviu aqui – diz Anastácia para Rogers.

- Precisamos de um café depois disso, não concordam? – diz Kaira olhando para os novos conhecidos – Creio que você me conhece?! – ela pergunta para Marcel.


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PRÓXIMO CAPÍTULO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016



 
 
 

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