Parte XII: 5 de fevereiro de 2030 - Casa da Mary - 22h30
- Gabriela Carvalho
- 19 de nov. de 2016
- 3 min de leitura
Antes de chegar a casa, Ian escuta da esquina barulho de briga, ele corre para invadir a residência, ao entrar na sala, encontra Paul inconsciente no chão, sangrando muito, seu coração ainda bate, ele pode escutar. Mary está porta próxima a porta da sala indo em direção a cozinha, de repente, Samuel é arremessado para as escadas, ao olhar Ian, um reflexo do homem de cabelos médio e armadura vem a sua mente, o deixando desnorteado.
O assassino invade a sala indo em direção a Sam, Ian o empurra.
- O príncipe! – ironiza o rapaz, empurrando Ian. Marcel chega por trás e imobiliza-o com um mata-leão, o jovem também se esquiva. Ao entrar pela porta da cozinha, Anastácia sente a presença de Teodor.
- Não falta um?! Oh, sim, a princesa! A bela donzela inocente de seu destino – ao finalizar a frase, Ana surge atrás dele.
- Procurava por mim?! – ela diz. O rapaz vira e com o poder a mente lança uma faca em direção a Ana que a segura com as mãos. Os dois entram em luta corporal.

O rapaz passa a usar magia para lançar todos os objetos pontiagudos em direção a Ana, ao perceber que a moça está sendo golpeada algumas vezes, Ian e Marcel entram no meio, Samuel esconde-se nos degraus da escada atrás corrimão, observando os quatro lutar, ele tenta chegar até seu pai, porém fica perturbado com a cena, Anastácia é ferida várias e várias vezes e todos seus ferimentos cicatrizam, a velocidade e força com que ela, Ian e Marcel se movimentam é além do normal. Ian agarra o capuz do rapaz que começa a sufocar, ele utiliza a força para jogar o bruxo para fora da casa, nesse momento, Anastácia percebe que o rapaz movimenta as mãos com a intenção de golpear Ian, ela usa sua magia e prende o rapaz na parede jogando as facas em sua direção, uma das facas pára com a ponta próxima ao pescoço dele.
- Não é tão engraçado quando é você que está prestes a ser golpeado! – diz Ana pegando uma das facas no chão e passando a ponta dela nos dedos – O que você quer?! – ela joga a faca na mão direta do rapaz, enfiando-a bem no centro do pentagrama tatuado.
- HAHAHAHAHAHA! O que eu quero...- diz o rapaz soltando uma gargalhada irônica e maquiavélica – eu quero o Renascimento! – um zumbido alto e forte entra na cabeça dos presentes ali que colocam as mãos no ouvido e gemem de dor, Anastácia fecha os olhos para controlar a dor e quando abre o rapaz havia sumido.
- PAI! – grita Sam indo até o pai e virando-o – Pai, acorda, olha pra mim, olha pra mim – diz desesperado, dando tapas em seu rosto.
Marcel morde seu pulso e se aproxima de Paul, deixando seu sangue pingar na boca dele.
- Marcel, o que está fazendo?! – pergunta Sam.
- Salvando a vida de seu pai – responde. Samuel olha alguns segundos para Marcel e abaixa para ver o rosto de seu pai, suas feridas vão fechando, em segundos, Sam não sente mais o ferimento atrás da cabeça de Paul sangrar, ele abre os olhos rapidamente.
- Ele vai ficar bem, ajude-me a colocá-lo no sofá – Sam e Marcel levantam e colocam Paul deitado no sofá, Sam senta ao seu lado e chora. Ian olha para parede onde o assassino estava posicionado.
- Ana, veja – na parede está escrito com sangue: “Morte aos traidores!”, em cima da escrita está presa uma das facas, as outras jogadas no chão formam o pentagrama invertido. Ao se aproximar do desenho, Ana observa o aço das lâminas estamparem o olhar de Teodor, o zumbido volta a incomodar seus ouvidos, ela vê dor e morte, Teodor escravizando as pessoas, pela primeira vez desde que se transformou ela sente medo, sente estar sendo caçada como um monstro, de repente tudo volta a sua mente, a hostilidade das pessoas ao atira-la no lago, morrendo enforcada e afogada, a obsessão doentia de sua mãe biológica por sangue, as jovens mortas nos corredores do castelo, tudo volta.
- Ana, Ana! – chama Ian, ela acorda do “transe” e está sentada no chão, ela olha para a Mary morta e reconhece a mulher de seus sonhos, a frase dita por ela é escutada por Ana novamente: “Era para você proteger ele!”, ela volta e olha para Sam, de mãos dadas com seu pai, desesperado.
- Baltazar! – diz.
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