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Parte XI: 5 de fevereiro de 2030 - 21h23min

  • Por Gabirela Carvalho
  • 12 de nov. de 2016
  • 4 min de leitura

Sam corre por alguns metros quando decide deixar Ema escondida no quintal do vizinho e voltar para ajudar os pais. Ele abre o portão dos fundos de uma casa e coloca Ema sentada em um balanço atrás de um arbusto.

- Ema fica quietinha aqui até eu voltar.

- E se você não voltar Sam, estou com medo – ela diz segurando o braço do irmão. Samuel tira de seu bolso o celular.

- Você sabe olhar as horas não sabe? – Ema responde afirmativamente – Então, assim que eu fechar o portão é só contar uma hora, ta vendo – ele mostra o relógio na tela do celular, agora é 21h25, se eu não voltar até as 22h25, pede ajuda, vai até a porta daquela casa e pede para eles chamarem a policia, entendeu?

- Sim.

Ele beija a testa da irmã e sai, fechando o portão.

- Não esqueça, uma hora! Eu te amo – diz, indo embora. Ema fica lá agarrada ao seu ursinho e com os olhos atentos ao celular, segurando o choro, assustada.

Sam aproxima-se da casa e escutam gritos, ele entra e enxerga a mãe com o pulso ensanguentado, o assassino está a cortar a cabeça de Mary, finalizando o pentagrama invertido em sua testa.

- SOLTA ELA! – grita Sam.

- Samuel, saia daqui, por favor – pede Mary.

- Samuel, Samuel, deixe-me ver... Ah!Você é o primogênito! – diz o assassino – fique paradinho aí, já acabo com você – ele diz, usando seus poderes para imobilizar Sam. Ele vira e retoma o ato cruel contra Mary, Sam tenta de todas as formas se mexer, porém não consegue, ele sente uma pequena queimação no braço e tenta observar o que está acontecendo, palavras em latim começa a sair da boca do assassino, aos poucos Sam recupera o movimento do pescoço, ele olha para sala e enxerga seu pai caído, aparentemente morto, desesperado com o que pode acontecer com a mãe. Enfraquecida, Mary olha para seu filho:

- Sam, use sua força – pede. Nesse momento, o feitiço é selado e sua garganta é degolada. Ao enxergar o homem enviar a faca no pescoço de sua mãe, Sam se enfurece e grita, sua raiva o faz voltar a mover-se. O homem vira e começa a tentar desferir golpes em Samuel que se afasta. Seu braço passa a arder e ao levantar a blusa, percebe um desenho se formando, uma árvore, tomando todo o seu antebraço.

- VOCÊ! – diz o assassino, partindo para atacá-lo.


- Ela dormiu? – pergunta Ian para Ana que desce as escadas.

- Sim, foi difícil fazê-la pegar no sono, mas consegui.

- Ela passou por poucas e boas, a morte de sua mãe, o abandono de sua avó – diz Marcel tomando uma taça de vinho olhando a rua pela janela. De repente, Ana para no centro da sala e coloca o cabelo atrás da orelha, ela escuta ruídos.

- Ana, o que foi? – pergunta Ian.

- Um choro, estou escutando um choro e não é de Clara – ela diz, correndo rapidamente para fora da casa, indo ao jardim dos fundos. Ema está lá sentada, apertando o celular junto com seu ursinho, aos prantos.

- Ei, o que foi? Por que está triste? – pergunta Ana passando a mão na cabeça de Ema.

- To esperando meu irmão...

- Ema!? – grita Marcel.

- Tio Marcel! – diz Ema, soltando tudo que está em suas mãos e correndo desesperada para o colo dele.

- Você a conhece? – pergunta Ana.

- Ela é a filha mais nova da minha chefe. O que faz aqui pequena?

- Um homem mal entrou lá em casa, mamãe mandou eu e Sam fugir...

- E onde está o Sam?

- Voltou pra lá, to com muito medo!

Ao escutar a história, Ana escuta barulho de briga na rua, ela chama pelo pai e aponta para seu ouvido. Marcel também passa a escutar.

- Eu vou na frente! – sussurra Ian no ouvido de Ana, partindo em direção aos sons.

- Ema, eu e meus amigos vamos ajudar seu irmão. Fique dentro de casa e tranque tudo – diz, entregando a chave para ela – lá em cima, tem outra garota, o nome dela é Clara, fique perto dela e não abra a porta para ninguém, entendeu?

- Sim!

Ana pega o ursinho e o celular e entrega para Ema, pedindo para ela correr para dentro. Ema entra pela porta da cozinha e a fecha. Ao ouvir o barulho da tranca, ela e Marcel partem para a casa de Mary.

Ema está olhando pela janela quando é surpreendida por Clara.

- Quem é você? – ela pergunta.

- Sou Ema, o Tio Marcel foi ajudar meu irmão, papai e mamãe estão em perigo!

Clara chega perto de Ema e começa a chorar.

- Está com medo? – pergunta Ema – Olha, esse é o Léo, ele é muito corajoso, fica com ele – ela entrega o ursinho para Clara que o aperta. Ema pega na mão da menina e as duas caminham juntas para a sala, sentam no sofá encolhidas e se abraçam ambas assustadas.

 
 
 

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