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Parte IV - Brooklin (NY): 10 de janeiro de 2030 - 9h45min


As sirenes dos carros de polícia soam alto, o parque florestal está cercado, curiosos tentam ultrapassar a faixa de contenção, os policiais impedem.

Marcel está ajoelhado no meio das árvores em área aberta, observando os cadáveres de mais duas mulheres, decoladas a mesma maneira do corpo encontrado na quadra, elas estão caídas dentro do pentagrama desenhado na terra que parece ter se formado através do fogo, o sangue está espalhado por todo o círculo, na testa das mulheres está desenhado com o sangue delas pentagramas novamente invertidos, as duas estão com os olhos abertos, porém não esboçam reação de terror.

- Essas moças aparentam não terem reagido ao assassino. Faça o exame toxicológico para saber se foram dopadas – diz Marcel.

- Sim detetive.

- Marcel, Marcel – grita Petter saindo das árvores – achamos uma criança escondida em um chalé abandonado – Marcel levanta e sai correndo para pegar a criança.

Ao chegar no chalé, um enfermeiro segura nos braços a menina que aparenta ter cinco anos, e olhos e cabelos claros, a garota está toda suja, pequenas gotas de sangue estão na sua roupa, seu rosto está sujo de terra e repleto de lágrimas. Marcel pega a coberta térmica e vai para aquecê-la.

- Ela está gelada, passou a noite ao relento – explica o enfermeiro.

- Eu a levo para a ambulância, deixe-me segurá-la – diz Marcel, o enfermeiro entrega a garota.

- Onde está mamãe? – pergunta a menina.

- Ela está no céu agora, sou policial e vou cuidar de você – ele diz colocando-a sentada na maca dentro da ambulância – Você pode me dizer quem tentou machucar você e sua mãe? – a garotinha aponta para a multidão curiosa: - Ele – diz, Marcel observa um rapaz de casaco preto e capuz na cabeça tapando seu rosto, suas mãos estão dentro dos bolsos da blusa. Marcel vira-se para a menina: - Só mais uma coisa. Qual o seu nome?

- Clara – responde a menina.

- Clara, o tio Petter vai acompanhar você até o hospital, mais tarde passo lá pra te ver, ok – diz Marcel, passando a mão na cabeça dela – vai ficar tudo bem – finaliza beijando sua testa. Petter entra na ambulância e fecha as portas, o carro sai.

Marcel vai em direção a multidão, o rapaz se afasta.

- Ei você! – grita Marcel ,o jovem sai correndo. Marcel o persegue. O suspeito corre rápido, pula muros com facilidade, Marcel aproveita a rua deserta para utilizar sua força de vampiro para alcançar o jovem, ao pular uma grade, Marcel observa a tatuagem na mão esquerda do rapaz: o pentagrama. Ao dobrar a esquina, o jovem desaparece.

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