Parte II - New York: 31 de dezembro de 2029 - 23h55min
- Por Gabriela Carvalho
- 17 de set. de 2016
- 2 min de leitura

“Atenção todas as unidades” – soa o rádio no carro – “Corpos encontrados no antigo prédio da escola secundária no Brooklin, as vítimas estão decoladas. Policiais no local alertam para símbolos estranhos no chão” – nesse momento, uma mão masculina passa pelo "touch" do rádio, abre-se um holograma com a figura da recepcionista.
- ESTOU INDO PARA LÁ. Transfira o endereço – diz o homem.
- “Sim, senhor”. – fala a moça. Sua figura desaparece e o rádio continua soando: “Detetive Thomas está à frente do caso”. “Repito: Detetive Marcel Thomas investigará os homicídios na escola”. – o celular soa um alerta, o aparelho está plugado no rádio do carro, a mensagem se abre automaticamente, é o endereço da escola.
Marcel chega à escola, ele olha para a janela e o vidro reflete a mensagem: “01 de janeiro de 2030. Feliz Ano Novo”. Fora o carro, os fogos de artifício queimam lindamente no céu estrelado, ele desliga o veiculo e desce.
- Feliz ano novo, Marcel – cumprimenta o policial. Marcel sorri.
- Pra você também Petter. Diga o que temos hoje? – diz, os dois caminham para dentro do prédio, Marcel coloca as luvas cirúrgicas.
- Uma mulher na quadra, decolada – diz Petter, passando a mãos na garganta sinalizando onde foi o corte.
- No rádio dizia que havia mais de um corpo – questiona Marcel.
- Ainda estamos procurando, pensamos haver sangue demais para ser apenas de um corpo – finaliza Petter.
Os dois entram na quadra, Marcel coloca os óculos, apertando as hastes laterais, uma pequena luz de led branca se acende, iluminando todo o local. Os peritos já se encontram com as ferramentas de análise.
- Anny, o que temos? – diz Marcel se aproximando da perita. A moça de jaleco branco posiciona um tablete em cima da mulher, o equipamento escaneiao corpo e mostra os detalhes do esqueleto e temperatura.
- Mulher caucasiana, aparenta ter uns 23 anos, morreu há ... – ela para confusa.
- O que foi? – pergunta Marcel.
- Estranho, acho que o software está com problemas, aqui diz que ela morreu há aproximadamente um dia – diz dando pequenas batidas no tablet.
- Impossível, o corpo ainda está corado – diz Petter surpreso.
Marcel olha para mulher que ainda possui os olhos brilhando assustados, as bochechas coradas e os lábios vermelhos. De sua garganta, ainda jorra sangue, Marcel abaixa-se para observar a mulher.
- Já presenciou um caso assim? – pergunta Petter para Marcel.
- Uma vez, há muito tempo – responde lembrando-se do feitiço que se originou o vampirismo, nesse momento outro policial chega ao local: - Encontrou os outros corpos?
- Não há nada detetive, apenas ela – responde o policial.
Marcel levanta e observa o símbolo onde o corpo está centralizado: o pentagrama, de cabeça para baixo, simbolizando a magia negra.
- Cerquem a área, investiguem as redondezas, veja se alguém da vizinhança viu alguma coisa.
- Sim senhor – diz um policial que sai com uma equipe.
- Marcel, tem alguma ideia do que possa ser? – pergunta Petter.
- Não.

Comments